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Dá o Salto: Comer de Forma Saudável

Dá o Salto: Comer de Forma Saudável

No mês passado noticiamos o novo movimento em prol do estilo vida sustentável denominado The JUMP.

Quanto mais aprendíamos sobre os factos científicos em que se baseavam e quais os seus princípios, mais vontade tínhamos de partilhar tudo convosco. E assim faremos. Hoje iniciamos uma série de seis publicações sobre este movimento, pois acreditamos que é informação válida, importante e que merece ser partilhada.

Desta forma hoje partilhamos toda a informação relacionada com o primeiro princípio JUMP: Comer de Forma Saudável.

Já abordamos variadas vezes a temática da alimentação, mas nunca é demais recordar que os nossos hábitos alimentares atuais não são sustentáveis: mais de 25% da poluição atmosférica emitida provém do sistema alimentar, é a principal causa de perda de habitat selvagem e um enorme contribuidor para a perda de biodiversidade e poluição de solo e massas de água do nosso planeta. Já para não abordar a total impossibilidade de alimentarmos a população humana a muito curto prazo se continuarmos a este ritmo.

Mas é também neste princípio que reside uma das maiores oportunidades de mudança que todos podemos aplicar em prol do ambiente e da nossa carteira (pois também é mais barato). São três as propostas de mudança do JUMP:

- transitar para uma dieta à base de alimentos vegetais – que significa substituir todas as carnes e laticínios por alternativas vegetais responsáveis por uma menor pegada ecológica.

De acordo com a evidência científica a produção animal para consumo humano, em particular a carne vermelha, é um dos maiores contribuidores para a emissão de gases com efeito de estufa. Em números atuais significaria salvar 170.000 cidadãos, residentes em cidades, de morte prematura devido à poluição atmosférica. Adicionalmente está também já comprovado que uma dieta à base de alimentos vegetais variada e completa é também mais saudável para o organismo humano.

Nem todos conseguiremos realizar esta transição na íntegra, mas se todos fizermos um esforço para substituir a grande maioria da carne e lacticínios observaremos resultados. No máximo os estudos confirmam a possibilidade de consumo individual de 16kg de carne por ano (aproximadamente 300g por semana) e 90kg de lacticínios (1,7kg por semana). Mas o objetivo deverá ser sempre a redução máxima destes alimentos.

- aproveitar todas as partes dos alimentos comprados – literalmente significa aproveitar todas as partes comestíveis dos alimentos que compramos, para que nenhum, ou o mínimo de desperdício, ocorra e assim garantir que não se gastaram recursos, água, solo e emitiram gases poluentes para nada.

Presentemente desperdiçamos 1/3 de todos os alimentos produzidos, o que é uma imensidão e uma vergonha para o sistema alimentar. Mudanças drásticas são efetivamente necessárias e as mais fáceis de adotar passam pelas nossas casas: comprar apenas os alimentos necessários, nas quantidades efetivamente necessárias, aproveitar todas as partes comestíveis de cada alimento, aprender novas receitas e técnicas para incorporar as partes que normalmente são descartadas, garantir que todos os membros da família comem a sua porção, reutilizar as sobras e compostar o restante.

- comer na proporção adequada ao organismo e atividade física realizada – que literalmente significa não comer em demasia. A pesquisa que os fundadores do movimento realizaram revelou que a ingestão de 2,500 Kcal por dia é suficiente para suportar o organismo humano e sustentável para o planeta, contudo esta referência pode variar consoante o tipo de organismo e nível de exercício físico praticado.

E assim apenas implementando estas três mudanças no nosso modo de vida garantimos uma dieta mais variada, saudável, económica e respeitadora do planeta.

Saltam connosco?