Dia Mundial Humanitário

Hoje celebra-se o Dia Mundial Humanitário e, com tudo a que temos assistidos nos últimos meses, não faltam razões para mencionarmos esta data. Guerra, desastre, fome, seca, pobreza, doença e tantas outras realidades, criam atualmente uma crise humanitária sem precedentes em todo o mundo.

Mas em todos os locais com pessoas a precisar de ajuda outras aparecem para prestar auxílio. Longe de holofotes e ajudas governamentais, são voluntários, e na maioria das vezes, locais, que auxiliam as comunidades a reerguerem-se e a manterem a esperança num futuro melhor.

Esta data celebra essas pessoas, voluntários, que face a uma crise (de saúde, abrigo, alimentação, segurança, acesso a água e tantas outras mais) se erguem e ajudam outros a erguerem-se perante a adversidade, sem esperar nada, para além da melhoria do bem-estar do outro, em troca.

Este ano o tema escolhido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) é “Takes a Village” (traduzido informalmente para “É Necessário Uma Aldeia”), reforçando a ideia de que necessitamos de todos para o bem de todos.

Não tínhamos como não abordar esta data. Num ano que para nós, europeus, confirmou que a segurança que tínhamos como garantida não passa de uma ideia inocente, e que a qualquer momento tudo pode mudar.

Acreditamos que, tal como nós, muitos de vós têm dificuldade em compreender as razões e até os verdadeiros impactos das crises humanitárias mundiais, pois parecem impensáveis e inconcebíveis. Mas são reais e estão a acontecer agora.

Face a esta realidade crua muitos poderão tomar a decisão de ignorar e seguir “a sua vida”, mas hoje convidamos-vos a que parem e perguntem a vocês mesmo quem e como gostariam de ajudar. E assim que chegarem a uma conclusão avancem. Procurem na vossa comunidade por grupos de voluntários, organizações sem fins lucrativos e associações e inscrevam-se. São tantas as áreas possíveis (saúde, alimentação, natureza, educação) e enquanto a ajuda é prestada a quem mais precisa, é garantido que obterá: novos conhecimentos, socializará com pessoas com os mesmos interesses e preocupações, comprovará que a entreajuda funciona e terá como retorno amizade sincera. Podemos garantir que a experiência de ajudar muda para sempre vidas e pode mudar a sua também.

Fotografia de Olga Shtonda/ OCHA para a campanha da ONU 2022.