Estudo Deteta Microplásticos nas Fezes de Bebés
Investigadores da Universidade de Medicina de Grossman em Nova Iorque identificaram microplásticos nas fezes dos bebés.
De acordo com esta investigação os microplásticos encontram-se presentes nas fezes tanto de adulto como de bebés, contudo nas últimas foi detetado pelo menos um tipo de microplásticos prevalente.
Foram identificados maioritariamente microplásticos de policarbonato (PC) e politereftalato de etileno (PET), sendo que este último tipo de plástico foi identificado 10 a 20 vezes mais nas fezes dos bebés.
De acordo com os investigadores estes resultados estão associados ao hábito dos bebés em colocar todos os materiais na boca nomeadamente tecidos, artigos de plástico (mesmo os adequados para bebés), utensílios de cozinha em plástico, mordedores, biberões, garrafas, copos, etc.
A problemática dos microplásticos na cadeia alimentar e a introdução dos mesmos na dieta dos adultos, através da água e alimentos que ingerimos, já não é novidade aqui no Blog, e sempre foi consenso científico que estes micro materiais passariam pelo organismo humano sem provocar dano, contudo de acordo com a Sociedade Americana para os Químicos (do original American Chemical Society) estes fragmentos podem ter a capacidade de penetrar a membrana das nossas células, entrar na corrente sanguínea e provocar danos.
As notícias não são animadoras, mas não pretendemos causar pânico. Acreditamos que a informação, positiva ou negativa, é vital para que possamos tomar as melhores decisões e alterar os nossos hábitos e rotinas de acordo com as novas informações.
Apesar de ainda não ser possível compreender verdadeiramente os impactos na saúde destes microplásticos os especialistas não têm dúvidas: os bebés não devem ter acesso a utensílios, materiais e brinquedos que contenham plástico de qualquer tipo.
Já mencionamos anteriormente neste espaço que somos a favor da utilização de plástico quando a sua durabilidade e características é inevitável e a sua produção sustentável, contudo este não é um desses casos. É possível eliminarmos o plástico de embalagens, brinquedos, tecidos, utensílios e substituí-los por materiais naturais.
Por um futuro sem microplásticos no ambiente e nos nossos organismos.